
SP também quer sair
Depois do Reino Unido deixar a União Europeia, agora é a vez de São Paulo deixar o Brasil! Piada? Não, apesar de parecer. Há um movimento pequeno, mas resistente, pregando a ideia de que o estado mais populoso e rico do Brasil abandone a república federativa para formar um país soberano, sozinho. Há pelo menos dois grupos que fazem forte defesa dessa saída: o "Movimento São Paulo Independente" e o "São Paulo Livre". Por trás, uma ideia bem simples: "nosso estado é rico, eles são pobres e, portanto, se nós formarmos um país independente, deixaremos o atraso".
Estamos vivendo uma era em que as ideias simplistas arrebatam multidões loucas por uma solução para problemas que, na verdade, demandariam todo um conjunto de esforços ao longo de um considerável espaço de tempo. E como os rebanhos facilmente são captados por pastores demagogos, os quais sabem muito bem conduzir as ovelhas! À esquerda e à direita, aviso logo, para não parecer que critico apenas gente como Trump ou Farage. Neste começo de milênio, o que me chega aos olhos é mais do mesmo, como se a história fosse uma roda gigante que, para quem está parado junto a ela, parece sempre trazer uma cabine nova, mas na verdade é uma repetição da que já passou antes por aquele mesmo lugar. Tudo bem que sempre tive a convicção de que os movimentos políticos e sociais são pendulares, mas há alguns anos, por um breve momento, tive a esperança de que poderíamos avançar ao invés de ficar indo da direita para a esquerda e vice-versa, sem sair do lugar. Triste ilusão.
As pessoas gostam de ideias simplistas. Gostam de achar que a solução é trocar a cabeça que está no comando, construir um muro, fechar fronteiras ou viver sozinho. Sabe a varinha mágica das histórias encantadas? Pois é, quase todo mundo se concentra em buscar uma varinha assim, infelizmente. A razão é muito simples: a solução parece bem mais imediata e, mais do que isso, não demanda muito esforço. Construir um muro é mais rápido e menos trabalhoso do que promover uma lenta integração. Separar-se do resto do país é muito mais tranquilo do que construir uma grande nação em conjunto. Eleger um sujeito que promete resolver tudo com base na pancada, com medidas radicais e imediatas, mesmo que no fundo ele seja um idiota incompetente e preconceituoso, dá muito menos trabalho do que cada um fazer um esforço constante e cotidiano para começar a mudança dentro da própria casa. E assim, infelizmente, vamos nessa onda das tão sonhadas soluções fáceis que inebriam as multidões, as quais, na tentativa ensandecida de não precisar fazer, elas mesmas, esforço algum, procuram em um messias a salvação para todos os seus problemas.
Alexandre Henry
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