Prezado Alexandre, meu xará... é com pesar que leio novamente umas das suas últimas colunas aqui no correio. Pesar não pelo fato de que não teremos mais, os seus leitores, os seus bons textos e refelexões, mas sim um pesar em saber que o Correio de Uberlândia não mais existirá. Há muito tempo eu já não moro em Uberlândia, mas, desde o final de 1997 que conheci o jornal e também a sua coluna, a qual, li todos os seus textos durante todo este tempo. Passei por várias cidades em MG, Goiás, e também nos EUA e Londres, mas mesmo de longe o acompanhava, e sempre admirei seu trabalho de escritor e também como profissional do setor público, e com o perdão do trocadilho, do seu MODO DE VER as coisas cotidianas e a expor em bons textos. É claro que o mundo está mudando e o setor da comunicação passa por drásticas transformações, mas, sinceramente não compreendo ainda, mesmo com tamanha importância do formato virtual, como que uma cidade do porte de Uberlândia poderá levar a vida normalmente sem seu maior veículo de comunicação. Os esportes, os cotidianos policialescos, a cultura, a vida “social”, os mexericos das candinhas dos bairros, os colunistas de raiz que só a quem ama esta terra compreende as letras, enfim... não compreendo que apenas o conglomerado cibernético dominante consiga suprir essa lacuna. Um dia, apesar da vida insistir em sempre adiar por reveses a minha volta a Uberlândia, eu hei de aí residir novamente, mas, ainda não consigo assimilar como vai ser os passeios nas praças do centro sem ver a capa do correio nas bancas de revistas. É nostálgico? Pode até ser, mas é o que me traz lembranças boas de um tempo que aí morei. De toda forma, gostaria de agradecer a todo o Correio de Uberlândia, em especial na sua pessoa, de que fora com certeza a que mais me prendeu nas leituras do jornal, pelo tempo dedicado e sempre primando por bons textos, reflexivos e atuais. Acompanharei por certo pelo dede de prosa, a continuação – se o seu tempo o permitir – dos textos, e claro, pelo facebook ou outros veículos. Um grande abraço e que o futuro quem sabe possa permitir o retorno, mesmo que em finais de semana, desse jornal que é patrimônio histórico do município de Uberlândia. Creio que de uma forma ou de outra ainda voltará, mesmo que por nova direção, a vir a ser impresso esporadicamente, o jornal... um dia.