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A coluna "Modo de Ver" foi publicada semanalmente no jornal Correio de Uberlândia de janeiro de 1996 a dezembro de 2016. A partir de 2017, os textos passaram a ser publicados no Diário do Comércio de Uberlândia.


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13 de Julho de 2016 Alexandre Henry

Empatia

Você pode até não ter aquele desejo intenso de ser popular, mas certamente deseja, ao menos, que as pessoas ao seu redor gostem de você. O problema é que quase ninguém quer se esforçar para que isso ocorra. É como dinheiro: 99% das pessoas desejam tê-lo, mas apenas uma fração quer encarar o caminho até ele, ou seja, encarar o trabalho duro e cotidiano. Ser querido em seu círculo de convivência também demanda esforço, com a diferença de que esse esforço pode ser bem menor do que o exigido para acumular riqueza financeira. O caminho passa por uma palavrinha mágica: empatia. Se você fizer uma rápida pesquisa, vai descobrir que empatia é, entre outras coisas, um "processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro". Não é difícil, ao menos em um nível básico.

Alguns tipos de pessoas definitivamente não são agradáveis. Entre elas, destaco os permanentemente críticos e os reclamantes profissionais. Você conhece as duas figuras, com certeza. O crítico permanente está sempre pronto para apontar o dedo para os seus mínimos defeitos e escorregões. Geralmente, faz com que todos tenham conhecimento da "falha grave" por você cometida. Já o reclamante profissional é carta repetida no baralho da vida, pois o que mais tem é gente que só chega perto de você para lamuriar. Nada está bom, nunca. Como diz um amigo meu, depois que inventaram o "tá ruim", para algumas pessoas nada mais "tá bom". Além do crítico e do reclamão, tem também o ranzinza (que pode ser uma mistura dos dois), o insensível, o falso e por aí vai. Toda uma fauna que não sabe o que é empatia.

Ora, empatia não é um processo por meio do qual você se coloca no lugar do outro? Então: quem gosta de ser criticado o tempo todo? Quem gosta de ficar ouvindo reclamações e palavras negativas o dia inteiro? E não é mais agradável alguém que chega sorrindo do que alguém que chega emburrado? Não te causa mais prazer aquele que pergunta como você está e demonstra dar importância para o que você diz? Por acaso não te traz mais prazer estar com alguém que também sabe ouvir ao invés de apenas ficar falando o tempo todo?

Exercite a empatia, coloque-se no lugar do outro, procure entender o que ele sente com a sua presença. Em resumo, desenvolva um pouco a sua inteligência emocional e você verá que a vida se tornará mais tranquila e prazerosa. Não é necessário se preocupar em ficar agradando todo mundo o tempo todo. É apenas ter equilíbrio e evitar certos comportamentos, às vezes inconscientes, que podem afastar as pessoas ao seu redor.

Alexandre Henry

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