
Empatia
Você pode até não ter aquele desejo intenso de ser popular, mas certamente deseja, ao menos, que as pessoas ao seu redor gostem de você. O problema é que quase ninguém quer se esforçar para que isso ocorra. É como dinheiro: 99% das pessoas desejam tê-lo, mas apenas uma fração quer encarar o caminho até ele, ou seja, encarar o trabalho duro e cotidiano. Ser querido em seu círculo de convivência também demanda esforço, com a diferença de que esse esforço pode ser bem menor do que o exigido para acumular riqueza financeira. O caminho passa por uma palavrinha mágica: empatia. Se você fizer uma rápida pesquisa, vai descobrir que empatia é, entre outras coisas, um "processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro". Não é difícil, ao menos em um nível básico.
Alguns tipos de pessoas definitivamente não são agradáveis. Entre elas, destaco os permanentemente críticos e os reclamantes profissionais. Você conhece as duas figuras, com certeza. O crítico permanente está sempre pronto para apontar o dedo para os seus mínimos defeitos e escorregões. Geralmente, faz com que todos tenham conhecimento da "falha grave" por você cometida. Já o reclamante profissional é carta repetida no baralho da vida, pois o que mais tem é gente que só chega perto de você para lamuriar. Nada está bom, nunca. Como diz um amigo meu, depois que inventaram o "tá ruim", para algumas pessoas nada mais "tá bom". Além do crítico e do reclamão, tem também o ranzinza (que pode ser uma mistura dos dois), o insensível, o falso e por aí vai. Toda uma fauna que não sabe o que é empatia.
Ora, empatia não é um processo por meio do qual você se coloca no lugar do outro? Então: quem gosta de ser criticado o tempo todo? Quem gosta de ficar ouvindo reclamações e palavras negativas o dia inteiro? E não é mais agradável alguém que chega sorrindo do que alguém que chega emburrado? Não te causa mais prazer aquele que pergunta como você está e demonstra dar importância para o que você diz? Por acaso não te traz mais prazer estar com alguém que também sabe ouvir ao invés de apenas ficar falando o tempo todo?
Exercite a empatia, coloque-se no lugar do outro, procure entender o que ele sente com a sua presença. Em resumo, desenvolva um pouco a sua inteligência emocional e você verá que a vida se tornará mais tranquila e prazerosa. Não é necessário se preocupar em ficar agradando todo mundo o tempo todo. É apenas ter equilíbrio e evitar certos comportamentos, às vezes inconscientes, que podem afastar as pessoas ao seu redor.
Alexandre Henry